quarta-feira, 20 de abril de 2011

Proposta de Trabalho 2 - Conclusão

Como é possível observar no blog http://margaridadiasalmeida.blogspot.com/  da colega Margarida  (e como o professor faz questão que seja publicado nos dois blogs) eis o resultado obtido das três composições baseadas em tipografia a partir dos versos dos heterónimos de Fernando Pessoa seleccionados pelo professor
Aproveito para ressalvar o empenho da Margarida na execução destas composições a quem se deve o mérito pelas ideias e pelo resultado final obtido. 


 Ricardo Reis

Nesta composição procuramos passar a procura de  tranquilidade e serenidade que caracteriza Ricardo Reis assim como a elegância que transmite na sua poesia.  



Álvaro de Campos

Nesta composição procuramos explorar o excesso de sensações, a inquietude, a exaltação da energia, que caracteriza este heterónimo.  Apostamos num fundo dominado pela confusão e procuramos aplicar um tipo de letra agressivo e com forte impacto visual,  de forma a evidenciar algumas características pelas quais se regem todo o poema (Ode Triunfal) de onde foi extraído os dois versos seleccionados pelo professor.



Alberto Caeiro

Nesta composição procuramos evidenciar a simplicidade e harmonia  do texto de forma a refutar um excesso de sensações que, o próprio Alberto Caeiro evita.


Em conversa com o professor, foi-nos aconselhado ignorar a  cor. A utilização de um fundo escuro que contribui para a criação da mensagem que pretendemos transmitir pode ser concretizada através da utilização de um conjunto de letras comprimidas. Aqui fica então o resultado:

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Proposta de Trabalho 3 - Conclusão

Depois da pesquisa sugerida pelo professor de forma a elucidar-nos para o tipo de trabalho  pretendido, eu a colega Margarida realizamos algumas experiências que vão ao encontro do que é pedido. Decidimos recolher imagens básicas nas quais a alteração da cor teria logo à partida uma alteração no conteúdo da mensagem a transmitir. 


Além disto a colega Margarida fez o trabalho de casa e manipulou algumas imagens de forma a alterar a mensagem sob o ponto de vista emocional. Espreitem!!!  http://margaridadiasalmeida.blogspot.com/  

Nesta primeira imagem,  apresentamos o pacote "trident senses" de morango na qual a cor vermelha esta literalmente associada aos sabor. Alteramos a cor da embalagem para verde e consequentemente à primeira vista, o sabor para menta , ainda que esteja escrito em ambas as embalagens "strawberry". De facto, é perceptível a forma como associamos a cor aos sabores, e jamais alguém associaria uma embalagem verde ao sabor do morango.

Antes: 
http://tempodoce.blogspot.com/2010/03/trident-senses.html
Depois:


Outra imagem que decidimos pegar e alterar corresponde aos ecopontos nos quais cor desempenha um papel bastante importante na identificação de cada um. Decidimos então apresentar na primeira imagem os ecopontos com as cores definidas, onde é feita uma associação mental de ideias que nos remete para o conteúdo que cada um dos contentores deve levar. 
O ecoponto amarelo associa-se a embalagens de plástico e metal. O azul associa-se ao papel e cartão e o verde ao vidro respectivamente.
No entanto sem a sua identidade (a cor) , o ecoponto perde o seu conceito fundamental e desfaz a mensagem que a cor lhe permite transmitir. 


Antes:
http://www.cesar-castro.pt/Catalogos
Depois:


Na imagem que apresentamos de seguida nós decidimos alterar a cor do vestuário dos indivíduos na fotografia original.  Mais uma vez define e desempenha um papel fundamental, desta vez, na representação da categoria profissional. Assim passamos de uma foto de nadadores salvadores, para uma foto de um grupo de amigos. Como que pudéssemos "culpar" a cor pela despromoção categorial dos indivíduos

Antes:
http://br.olhares.com/nadadores_salvadores_foto2228070.html

Depois:



Proposta de Trabalho 3 - Tentativa 2

Nesta imagem procuramos (eu e a colega Margarida) alterar a cor de um dado específico (semáforo) da foto original distorcendo assim a mensagem informativa que a mesma transmite.

Numa primeira fotografia encontramos os peões a atravessar a passadeira respeitando o sinal verde de livre passagem e numa segunda fotografia os peões aguardam perante a imposição do sinal vermelho. 

Antes:



No entanto, invertemos a cor do sinal em ambas as fotografias de forma a tornar perceptível que o sinal vermelho seria então o de livre passagem, enquanto que o sinal verde restringia a passagem alterando a representação simbólica que a cor representa nestes casos. 

Depois:





Proposta de Trabalho 3 - Tentativa 1


Numa primeira tentativa eu e a colega Margarida tentamos alterar a mensagem de uma imagem referente à Revolução do 25 de Abril de 1974. A ideia seria transformar a mensagem positiva associada ao período histórico que a própria imagem transmite. 
A imagem original foi então trabalhada.  Procuramos utilizar simultaneamente cores negras que reflectem a  depressão e desespero e cores desbotadas que reflectem a insegurança e falta de vida que contraria de certa forma a mensagem da imagem inicial.     

Antes:
http://joaovideirasantos.blogspot.com/2010/04/blog-post.html
Depois:



No entanto, o professor pediu que déssemos uma orientação diferente à nossa pesquisa de forma a que a alteração da cor da imagem não despertasse uma interpretação subjectiva mas sim simultaneamente paradoxa e objectiva.

Proposta de Trabalho 3 - Introdução

A cor condiciona-se à luz e ao olho. O olho humano interpreta a reemissão da luz vinda de um objecto que foi emitida por uma fonte luminosa por meio de ondas electromagnéticas e que corresponde à parte do espectro electromagnético que é visível pelo ser humano, ou seja entre os 380 e os 750 nanómetros.
 A retina é composta por milhões de células captam e processam informação visual interpretada pelo cérebro. A fóvea, no centro visual do olho, é rica em cones e bastonetes, dois tipos de células fotoreceptoras. Os cones são responsáveis pela captação da informação luminosa vinda da luz do dia, das cores e do contraste e os bastonetes são adaptados à luz nocturna e à penumbra ou seja essenciais pela nossa orientação à noite.
No século XVII mais concretamente em 1664 Isaac Newton fez excelentes descobertas sobre a relação da luz com as cores, resultado da designada refracção da luz através de um prisma de vidro triangular. Newton observou que a luz branca projectada por um raio de sol ao atravessar o prisma triangular assumia diferentes ângulos e se convertia nas sete cores do espectro. Esses diferentes ângulos fazem com que luz chegue com diversas frequências ao olho humano, onde é feita a refracção da luz branca dando origem ao espectro da luz que o ser humano consegue visualizar. Ao nível da energia os conos vão captar as diferentes frequências da luz com maior ou menor energia. O vermelho é a cor mais lenta a chegar aos nossos conos, cerca de 700 nanómetros já o violeta é a cor que demora menos tempo a ser captada, cerca de 400 nanómetros.


http://ciolifrickes-entalhe.blogspot.com/2009_06_01_archive.html



segunda-feira, 11 de abril de 2011

Proposta de Trabalho 2 - Tentativa 1

Uma tentativa  falhada de mostrar a busca do prazer com equilibro e harmonia...  de Ricardo Reis
A ideia seria no meio das letras lineares e harmónicas destacar momentos (que se manifestam na imagem em tom mais escuro) que se definem por um (ponto) de equilíbrio, equilibro esse que segundo Ricardo Reis seria o caminho para a felicidade. No entanto, o resultado não foi o esperado. De qualquer forma pelo trabalho e tempo investido na sua realização decidi partilhar.


quinta-feira, 7 de abril de 2011

Proposta de Trabalho 2 - Recolha Fotográfica

Inicialmente a Margarida, a colega de grupo, propôs a realização de uma recolha fotográfica no Cemitério Prado do Repouso o primeiro cemitério público aqui no Porto inaugurado em Dezembro de 1839. O objectivo era fotografar a tipografia exposta nas lápides, que de certa forma caracterizam determinados momentos, embora mais recentes, da evolução da tipografia ao longo de uma centena e meia de anos. No entanto, e sem descartarmos a possibilidade de a fazermos numa fase posterior, optamos por um programa ligeiramente diferente. A recolha fotográfica seria sim executada, mas com outra companhia. Percorremos algumas ruas no Porto com um objectivo diferente do habitual, ignorarmos as montras das lojas, e olharmos apenas para a diferente tipografia que as intitulavam. Mais que uma recolha fotográfica, a Margarida presenteou-me também com uma descrição histórica de algumas ruas e locais que propôs fotografar. 
No meu blog será relatado o percurso e respectiva recolha tipográfica, no blog da colega  Margarida http://margaridadiasalmeida.blogspot.com/ podem encontrar letras soltas, recortadas das fotos que fizemos. 

O itinerário teve como ponto de partida Praça Coronel Pacheco onde fotografamos a tipografia exposta na Igreja Evangélica.     


Seguimos pela travessa de S. Carlos até à rua dos Mártires da Liberdade e fotografamos uma lápide onde esteve sediada a companhia de seguros “A Mundial”.  


Percorremos a Rua do Pinheiro e descemos uma escadaria que nos liga ao Largo do Monpiller. Fotografamos a tipografia de uma placa identificativa da Farmácia Aliança.



Descemos a Rua da Picaria, e a Margarida explicou-me que essa rua era sinónimo de móveis, pelas diversas lojas que em tempos dominavam aquela rua. Ainda vimos algumas mas em número bastante reduzido. Explicou-me também, que foi nessa mesma rua onde nasceu o primeiro presidente do PSD, Francisco Sá Carneiro.
Depois da breve explicação, seguimos até à Praça Dona Filipa de Lencastre onde fotografamos a tipografia identificativa da garagem do Jornal o “Comércio do porto”, um jornal português, fundado no Porto em 2 de Junho de 1854. Quando se deixou de publicar, em 2005, era o segundo mais antigo jornal português, a seguir ao Açoriano Oriental. Esta garagem é considerada um dos projectos mais radicais e paradigmáticos de Rogério de Azevedo e da arquitectura modernista na cidade do Porto, mais uma elucidação minha por parte da Margarida.


Continuamos o percurso pela Rua do Almada e durante a caminhada e simultânea recolha tipográfica a Margarida explicou-me a que se deve o nome dessa rua. Deve-se a João Manuel de Almada e Melo, governador-geral da província e da cidade do Porto, enviado para a cidade no início do século XVIII, pelo Marquês de Pombal, a fim de conter a Revolta dos Taberneiros. E de seguida explicou-me o porquê da revolta, que a mesma se caracterizou pelo inconformismo face à posse de venda, no porto, do vinho a retalho exclusivamente pela Companhia Geral da Agricultura das Vinhas do Alto Douro fundada em 1757. Os taberneiros da cidade é que não gostaram da medida do primeiro-ministro Marquês de Pombal, e revoltaram-se, na manhã do dia 23 de Fevereiro de 1757. Na rua do Almada recolhemos a seguinte tipografia:



Subimos à rua da fábrica e fotografamos a tipografia que intitula o Hotel de Paris então, instalado numa casa apalaçada tipicamente portuense de Oitocentos e uma loja de artigos de carroçarias.



Descemos até praça da Liberdade e procuramos distinguir as letras que intitulam o restaurante da conhecida cadeia norte-americana de fast- food que abriu substituindo o antigo café Imperial mas que manteve pormenores do monumental café dos anos quarenta, como as letras e a águia que se vêm na fachada.



 Mesmo ao lado encontramos uma tipologia diferente como podemos ver na imagem.


Seguimos pela Rua de Sampaio Bruno e encontramos no Embaixador, um café tradicional com uma atmosfera típica dos anos 60, uma tipografia diferente e que decidimos fotografar.



Na mesma rua recolhemos outras amostras tipográficas que achamos diferentes e dignas de apresentação.




Fizemos um desvio à Travessa do Congregado.


E descemos a Rua Sá da Bandeira em direcção à Praça Almeida Garrett. 





Atravessamos a praça Almeida Garrett e antes de entrarmos na rua das flores, fotografamos um outro tipo de letra. 



Seguimos pela Rua das Flores, durante muito tempo a Rua dos Ourives. Rua de eleição da Margarida não pelas montras das ourivesarias mas sim pelos edifícios que mantêm características de outros tempos, nomeadamente as varandas de ferro.

 A margarida lá me explicou que inicialmente a rua se chamava Rua de Santa Catarina das Flores, por causa das muitas hortas que ali existiram noutros tempos. Foi mandada abrir, no século XVI, pelo rei Dom Manuel I, e os terrenos eram quase todos ocupados pelas denominadas hortas do bispo e, portanto, pertencentes à Igreja, tendo as casas ficado por isso aforadas ao bispo e ao Cabido. Em várias das casas mais antigas ainda hoje se vê a marca desses forais: a roda de navalhas do martírio de Santa Catarina (as que eram propriedade do bispo) ou a figura do arcanjo S. Miguel (símbolo da pertença ao Cabido).

Enquanto descíamos a rua e a Margarida me tornava um miúdo bem mais culto, fomos fotografando algumas tipografias diferentes que davam título às lojas.  








Quase a terminar a nossa recolha ainda ouve tempo para a Margarida me levar à Rua Afonso Martins Alho para uma última fotografia. A Margarida lá me explicou quem era Afonso Martins Alho, um dos mais famosos negociantes entre o  Porto e a Inglaterra, em 1352, e que nasceu na cidade do Porto. Dado à sua destreza nas negociações seu nome e sobrenome foram perpétuados numa expressão popular: «Fino que nem um alho», usada para referir alguém muito esperto.


E aqui acabou a nossa recolha fotográfica de diferentes tipografias. Saliento aqui o meu agradecimento à Margarida  pela paciência e disponibilidade na transmissão de pequenos excertos da grandiosa história do Porto que me foi relatando durante o percurso.